sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Despedidas e coisa e tal.

Oi gente querida. Voltei. Precisava de um tempo pra mim, pra colocar os pensamentos no lugar e arrumar a vida por aqui...
Tenho tanta coisa pra contar que eu nem sei por onde começar.

DESPEDIDAS - ODEIO! O lado bom (temos que ver sempre o lado bom de tudo, lembram?) é que eu recebi tantas mensagens lindas de muito amor e carinho que pareceu meu segundo aniversario. hahahaha Adorei. Agora que ja sei que ir embora não é um bicho de sete cabeças (talvez seja um bicho de apenas 5) quero ir embora sempre pra ser paparicada Hehe

Foi mto mais dificil do que eu pensei que seria. Eu ja passei milhares de vezes por incontáveis portões de embarque, mas nunca foi nessa condiçāo de to indo pra ficar muito tempo. (A principio 1 ano, isso pode mudar. Depende do "vento" rs).
Ver todo mundo ali com o coração na mão me fez chorar como se não houvesse o amanhã. E pra ser bem sincera com vcs, ainda da um nó na garganta só de lembrar de como meus irmãos ficaram arrasados, das lagrimas do meu pai, do choro contido da minha mae, a preocupação e a tristeza estampada na cara dos meus amigos. Foram os abraços mais longos e mais sinceros da minha vida.  Acontece uma mistura de sentimentos dentro da gente que simplesmente não tem explicação. Eu, por exemplo, senti uma felicidade incabível por estar indo pro mundo agarrar a oportunidade que eu tanto procurei. Uma tristeza profunda por ter que deixar todos que eu amo muito, chorando. (nem todos, um ou outro não chorou, falta de respeito comigo ne? tem que chorar gente!!! ) e por ultimo o maior sentimento destruidor de sonhos da historia da humanidade: O MEDO. Gente, que medo que eu senti... e ainda sinto de vez em quando aqui viu? Medo de tudo!!!! Mas é o que eu costumo dizer: o medo ta sempre por perto, mas eu sou uma péssima cia pra ele. Não dou atenção, ignoro e enfrento.
Todos os meus "TCHAUs" foram doloridos demais. Cada um que eu abraçava ia me destruindo um pouquinho mais por dentro. Ate que cheguei no meu ultimo tchau, quase que sem estrutura. Foi o mais difícil. A minha vontade era dizer: - "Gente, quer saber de uma coisa? Não vou mais não. Vamos todos voltar pra casa e fazer uma festa."
Fui em direção a única pessoa que faltava me despedir, que eu, propositalmente deixei por ultimo. Abracei minha melhor amiga (a pessoa que foi mais presente na minha vida nos últimos 8 anos) Abracei o mais forte que pude e me perguntei quando teria a oportunidade de abraça - la novamente. Notei uma insegurança monstra. Foi como se eu tivesse 16 anos de novo, e me senti desprotegida, vulnerável e muito frágil diante do mundo que me esperava a partir daquela sala de embarque. Chorei desconsoladamente,  e ainda envolta nesse ultimo abraço ela me disse: "Ei, eu vou estar sempre aqui pra vc." Isso despertou em mim a segurança que eu precisava naquele momento. Foi como se a minha bateria estivesse acabando. Eu estava prestes a ficar no escuro e ela me colocou na tomada de novo. Pronto. Luz! Tudo ficou bem. Estamos conectadas agora. Ok. Respira Marina. Solta a Lu e vai. Quem disse que eu queria soltar? Meu Deus, como tive coragem de passar por aquele portão de embarque?
Só sei que enxuguei minhas lagrimas, coloquei minha mochila nas costas e dei start nessa parte da minha vida. Agora preciso finalizar esse post porque caiu um cisco aqui. 😐
Meu anjo da guarda na terra...